
terça-feira, 17 de junho de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
sábado, 19 de abril de 2008
depoimento de uma colega das artes
quinta-feira, 17 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
Bezz Batti - Esculturas
Bruto, no sentido mais italiano do termo, “brutto”, significa feio. Para o português, coisa mal acabada e na sua essência mais pura antes de um tratamento, de um polimento ou lapidação. Na expressão idiomática “La bellezza non è tutto.”, se exprime a tradução “a beleza é uma futilidade”. Nem tão aos céus nem tão ao inferno... A exposição “Bezz Batti – Esculturas”, de 17 de Março de
quinta-feira, 27 de março de 2008
Mais debate
Muitas inquietações... Muitas, muitas... Se imagino pelo tudo que já ouvi por aí, por tudo que me indicaram ler, ver, assistir... Se construí uma noção que imagino a certa e, portanto, a da maioria errada, por tudo que o mundo me mostrou e pouco me ensinou, pois o que aprendi foi meio que na força bruta, digo, ainda penso que o Marxismo é a saída.
Por quê? Bom...
Em primeiro lugar cabe dizer por que me vejo assim, marxista. Lembro que, quando mais novo, olhem só, imaginava em pleno jogo de futebol, estádio lotado, no meio do povario, que aquilo que ali rolava não era a realidade. Imaginava que os resultados eram manipulados e que de uma forma que não sei explicar como, toda a realidade na verdade não existia, que de alguma maneira alguém, veja bem, alguém, manipulava a realidade e assim passávamos a pensar, o time tal ganhou, perdeu, empatou, sei lá...

Quando me deparei, pela primeira vez com um texto marxista, de um arquiteto e urbanista mineira da UFMG, fiquei encafifado. Versava sobre a questão do deslocamento urbano, da relação que a população em geral, a mão-de-obra barata, tinha com o seu trabalho, deslocamento diário trabalho-casa, da relação da televisão com o relaxamento necessário para agüentar a sua vida. Pronto! Não havia como discernir uma idéia da outra. O meu intuito de formulação da realidade manipulada por alguém, que posteriormente chamaria de “elite”, casou prontamente com o materialismo histórico.
Como sou de uma família católica, a rebeldia e indignação foram um pouco abafadas por eu mesmo. As situações propostas pela religião se desfizeram antes do meu marxismo, mas foram enterradas e com uma pá de cal ao descobrir as contradições e conflitos que baseiam nossa sociedade.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Autocrítica – falta de tempo em nosso tempo
As fotografias também preenchem esse tempo, ou a falta dele. Mas o tema é sempre o mesmo: tudo é possível. Práxis! Dentro de uma época onde os conceitos são despedaçados, a crítica é inoperante e o Deus Mercado tudo engole, alguns ainda pensam em algo fazer. Fazer. Neste sentido, ele faz.
flautista: boneco de pano. do autor
Entretanto, seu foco e objetivo não são atingidos. Para atingir o mercado e todo o seu sistema, para abalar as estruturas e desenvolver um senso crítico ao fruidor artístico, no caso da arte de André, a mensagem parece não chegar. Não ao seu objetivo. É de duvidar, aliás, que consiga mirar no sistema que ele tanto critica. Sua crítica marxista se perde em um mundo referencial que não permite uma crítica seca, pontual e visceral.
Talvez, toda esta intenção tenha sentido, ou seja, alguém mostrar a cara e dizer ao mundo que o caminho tomado por este está errado, desviado e nos levando à barbárie. O que falta, no entanto, é uma virulência e ferocidade que anda meio por baixo exatamente nos vazios não do tempo deste artista, mas da esmagadora maioria desta classe. Se é que é classe.
Manifesto a falta de tempo
Não tenho tempo... Quem tem? Que tempo se vive hoje? Quis criar... Criei. Criação. Quis fazer algo. Fiz. Que material eu usarei? Estou usando algum material. E os que não usei? Em meio a uma inquietação geral, fiz de minha arte o preenchimento de meu tempo. Meu... Será do tempo em que vivemos? Preciso de um público. Para quê? “Será realmente necessário”. Ou... se eu colocar uma interrogação no final não ficará melhor... Vejamos: “Será realmente necessário?”. Onde quer que se vá, diz-se que a arte se completa com o público... Na arte atual talvez. Ah! Arte esta escrita entre aspas... “arte”...
Nunca se imaginou nos tempos do daguerreótipo que 173 anos depois aqui, no sul do mundo, onde faz calor no verão e os invernos tem frios bem marcados, alguém não parasse de fotografar. Um olhar, um rosto, gatos, uma paisagem pretensamente poética. Herança de uma infância cheia de imagens. Imagens essas extraídas de um tempo em que não se tem tempo, mas que se têm momentos, lugares, visões, sonhos e pura poesia.