terça-feira, 17 de junho de 2008

quinta-feira, 24 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

depoimento de uma colega das artes

Ok.
Então um Núcleo/grupo de Arte Educação, também serve para depoimentos, desabafos e opiniões.
Aqui estou no especialíssimo horário de sábado a noite para escrever lhes:
Nesta sexta-feira em minha aula de Teoria e Crítica, aula muito interessante e que estou aprendendo muito, foi levantada a questão de quais os defeitos da última Bienal.
Tempo demorou para alguém se manifestar.E quem se manifestou disse: o público.Teve na minha opinião uma baita falta de compreensão de mundo.Disse que as turmas chegavam muito mal educadas, achavam q estavam só passeando, e que os professores não tinham trabalhado o assunto.
Assim se gerou o novo assunto daquele instante da aula: quem são as professoras de artes?
A profª Paula Ramos comentou das professoras antiquarias q existem por aí e das aulas que dão desenho para pintar. E logo eu falei. E essas professoras saem daqui.
Sei que fui extremista e chocante. A profª falou: não Jessica Maria não diga isso, não é assim.
E felizmente consegui falar o que eu sentia realmente. Estudantes de artes que desejam ser futuros professores começarem a estudar no 6º7ºsemestre a imensidão de coisas que o Ensino das Artes nos proporciona , é de se esperar que no desespero e no despreparo do professor(nós) se dêem cadernos para colorir.
Pronto.Entre outras coisas comentei. Senti-me com o dever cumprido.
Realmente isso meche comigo, tenho dificuldades e dúvidas ao falar mas não posso ficar calada quando nossa formação de professoras estiver em jogo. E nossa formação implica muitas vidas,as de nossos futuros alunos e as de quem convive com eles e toda a rede social.
Valorizar o que fazemos. E as nossas escolhas.
é o que eu quero compartilhar com as integrantes que lerem.
No final das contas ...da nossa aula ficou aquele blá blá blá de que políticas culturais, e a arte para as crianças e jovens é muito importante, é determinate para o futuro ,até da arte. Mas fica nisso, sabe.
Eu me pergunto porque que alguém não faz.
Por que não há mais centros comunitários e espaços para fazer arte livre aos picorruchos e aos que quiserem, Alguém já pensou nisso? Mario de Andrade e seus Centros de Cultura ou de Infancia..quem mais?
Existe o escola aberta, mas precisa ser mais e mais direcionado e com material apropriado.
Fazer politica, agir politicamente é importante mas eu quero ver fazer.
Será que vamos ter que ser nós a fazer?
Jessica do Couto

quinta-feira, 17 de abril de 2008

une chanson...

Em
Come a little bit closer,
D
hear what I have to say,
Em
Just like the children sleepin',
D
we could dream this night away.


G
But there's a full moon risin',
D
let's go dancing in the light,
G
we know where the music's playin',
D
let's go out and feel the night.







Em/A                            A7
Because I'm still in love with you,
Em/A
I want to see you dance again.
A7
Because I'm still in love with you,
D
on this harvest moon.








Em
When we were strangers
D
I watched you from afar.
Em
When we were lovers
D
I loved you with all my heart.

G
But now it's gettin' late
D
and the moon is climbing high.
G
I want to celebrate
D
see it shining in your eye.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Bezz Batti - Esculturas

Bruto, no sentido mais italiano do termo, “brutto”, significa feio. Para o português, coisa mal acabada e na sua essência mais pura antes de um tratamento, de um polimento ou lapidação. Na expressão idiomática “La bellezza non è tutto.”, se exprime a tradução “a beleza é uma futilidade”. Nem tão aos céus nem tão ao inferno... A exposição “Bezz Batti – Esculturas”, de 17 de Março de 2008 a 27 de Abril de 2008 nas Pinacotecas - 1º pavimento do MARGS mostra-nos parte da produção deste brasileiro de origem humilde do interior do estado, mais especificamente daquela área denominada colônia.

A dita brutalidade e rusticidade do homem da colônia, do colono ou ainda do camponês é um reflexo direto na composição da obra de Bezz batti. Por outro lado, e não menos importante, senão o grande espírito de sua obra, é exatamente o que aflora daquelas peças de matéria rústica, são os pequenos afloramentos de pontas delicadas. É mais ou menos como partes delicadas e sensíveis que afloram da pedra e que denunciam: ali, em meio àquela natureza bruta, fria, pedra, água, verde, frio, existe um mundo também sensível e de grande inventividade. Uma vida polida em meio às estruturas brutas.

Não há como negar esta relação, ainda mais com, nesta mostra, a exposição de fotografias da natureza regional, em meio aos derrames de lava e basaltos percolados pela água. Água que, aliás, é uma dos pontos fundamentais da origem de sua obra por ser a gênese do polimento natural dos seixos rolados. Existe nas obras a delicadeza da água, que gera aquela superfície lisa e, aliando-se à escultura do artista, a vontade de tocar pela sensualidade das pedras.

Com um trabalho altamente técnico e que nitidamente nos remete ao italiano Constantin Brâncuşi e ao inglês Henry Moore, Bezz Batti pode ser denominado de “escola antiga”, pois está visceralmente ligado às formas modernistas. No entanto é de se elogiar sua capacidade técnica e a valorização do local na escolha dos temas e dos materiais, permeando a valorização do local na escolha dos temas e dos materiais, permeando a valorizaço e a manutenção do meio natural.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Mais debate

Muitas inquietações... Muitas, muitas... Se imagino pelo tudo que já ouvi por aí, por tudo que me indicaram ler, ver, assistir... Se construí uma noção que imagino a certa e, portanto, a da maioria errada, por tudo que o mundo me mostrou e pouco me ensinou, pois o que aprendi foi meio que na força bruta, digo, ainda penso que o Marxismo é a saída.

Por quê? Bom...

Em primeiro lugar cabe dizer por que me vejo assim, marxista. Lembro que, quando mais novo, olhem só, imaginava em pleno jogo de futebol, estádio lotado, no meio do povario, que aquilo que ali rolava não era a realidade. Imaginava que os resultados eram manipulados e que de uma forma que não sei explicar como, toda a realidade na verdade não existia, que de alguma maneira alguém, veja bem, alguém, manipulava a realidade e assim passávamos a pensar, o time tal ganhou, perdeu, empatou, sei lá...

Quando me deparei, pela primeira vez com um texto marxista, de um arquiteto e urbanista mineira da UFMG, fiquei encafifado. Versava sobre a questão do deslocamento urbano, da relação que a população em geral, a mão-de-obra barata, tinha com o seu trabalho, deslocamento diário trabalho-casa, da relação da televisão com o relaxamento necessário para agüentar a sua vida. Pronto! Não havia como discernir uma idéia da outra. O meu intuito de formulação da realidade manipulada por alguém, que posteriormente chamaria de “elite”, casou prontamente com o materialismo histórico.

Como sou de uma família católica, a rebeldia e indignação foram um pouco abafadas por eu mesmo. As situações propostas pela religião se desfizeram antes do meu marxismo, mas foram enterradas e com uma pá de cal ao descobrir as contradições e conflitos que baseiam nossa sociedade.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Autocrítica – falta de tempo em nosso tempo

Para preencher os vazios de seu tempo. Criação. Fazer. Qualquer material serve ou, melhor dizendo, é aproveitado. André Luís Fernandes da Rocha faz crer que, assim, tudo é possível. Desde convescotes artísticos até a dar vida a personagens que povoam o seu dia-dia. Tentando disseminar informações da maneira possível, fotocópias, gravura básica com colher, prensa, correios eletrônicos e diários virtuais.

As fotografias também preenchem esse tempo, ou a falta dele. Mas o tema é sempre o mesmo: tudo é possível. Práxis! Dentro de uma época onde os conceitos são despedaçados, a crítica é inoperante e o Deus Mercado tudo engole, alguns ainda pensam em algo fazer. Fazer. Neste sentido, ele faz.

flautista: boneco de pano. do autor

Entretanto, seu foco e objetivo não são atingidos. Para atingir o mercado e todo o seu sistema, para abalar as estruturas e desenvolver um senso crítico ao fruidor artístico, no caso da arte de André, a mensagem parece não chegar. Não ao seu objetivo. É de duvidar, aliás, que consiga mirar no sistema que ele tanto critica. Sua crítica marxista se perde em um mundo referencial que não permite uma crítica seca, pontual e visceral.

Talvez, toda esta intenção tenha sentido, ou seja, alguém mostrar a cara e dizer ao mundo que o caminho tomado por este está errado, desviado e nos levando à barbárie. O que falta, no entanto, é uma virulência e ferocidade que anda meio por baixo exatamente nos vazios não do tempo deste artista, mas da esmagadora maioria desta classe. Se é que é classe.

Manifesto a falta de tempo

Não tenho tempo... Quem tem? Que tempo se vive hoje? Quis criar... Criei. Criação. Quis fazer algo. Fiz. Que material eu usarei? Estou usando algum material. E os que não usei? Em meio a uma inquietação geral, fiz de minha arte o preenchimento de meu tempo. Meu... Será do tempo em que vivemos? Preciso de um público. Para quê? “Será realmente necessário”. Ou... se eu colocar uma interrogação no final não ficará melhor... Vejamos: “Será realmente necessário?”. Onde quer que se vá, diz-se que a arte se completa com o público... Na arte atual talvez. Ah! Arte esta escrita entre aspas... “arte”...

Desejei fazer manifestos como os dos expressionistas... Aquelas xilogravuras sempre me lembrarão operários na fila da greve... “Isto ainda é possível”... Droga! Novamente a dúvida sobre a interrogação... “Isto ainda é possível?”. Mas o que não é possível? Peguemos um grupo de amigos e sentemos a uma mesa portátil... Tomemos chá no meio da rua. Alguns panfletos servem... Disseminemos informações. Idéias e posicionamentos. A nova, não tão nova tecnologia traz avanços para essas disseminações. Se perdermos em veracidade de obra, ganharemos em possibilidades de disseminação comunicacional... Usem-se as fotocópias, as xilogravuras básicas com colher, prensas enferrujadas jogadas em um canto, correios eletrônicos e diários virtuais! Não podemos deixar a idéia morrer! Pegaremos retalhos de tecidos mofados em um canto da casa, amalgamaremos com fitas adesivas e linhas de costura. Disto nascerão nossos seres do dia-dia. Um retrato do que nos rodeia.

Goeldi

Nunca se imaginou nos tempos do daguerreótipo que 173 anos depois aqui, no sul do mundo, onde faz calor no verão e os invernos tem frios bem marcados, alguém não parasse de fotografar. Um olhar, um rosto, gatos, uma paisagem pretensamente poética. Herança de uma infância cheia de imagens. Imagens essas extraídas de um tempo em que não se tem tempo, mas que se têm momentos, lugares, visões, sonhos e pura poesia.


24 de março de 2008
bandidartista