quinta-feira, 27 de março de 2008

Mais debate

Muitas inquietações... Muitas, muitas... Se imagino pelo tudo que já ouvi por aí, por tudo que me indicaram ler, ver, assistir... Se construí uma noção que imagino a certa e, portanto, a da maioria errada, por tudo que o mundo me mostrou e pouco me ensinou, pois o que aprendi foi meio que na força bruta, digo, ainda penso que o Marxismo é a saída.

Por quê? Bom...

Em primeiro lugar cabe dizer por que me vejo assim, marxista. Lembro que, quando mais novo, olhem só, imaginava em pleno jogo de futebol, estádio lotado, no meio do povario, que aquilo que ali rolava não era a realidade. Imaginava que os resultados eram manipulados e que de uma forma que não sei explicar como, toda a realidade na verdade não existia, que de alguma maneira alguém, veja bem, alguém, manipulava a realidade e assim passávamos a pensar, o time tal ganhou, perdeu, empatou, sei lá...

Quando me deparei, pela primeira vez com um texto marxista, de um arquiteto e urbanista mineira da UFMG, fiquei encafifado. Versava sobre a questão do deslocamento urbano, da relação que a população em geral, a mão-de-obra barata, tinha com o seu trabalho, deslocamento diário trabalho-casa, da relação da televisão com o relaxamento necessário para agüentar a sua vida. Pronto! Não havia como discernir uma idéia da outra. O meu intuito de formulação da realidade manipulada por alguém, que posteriormente chamaria de “elite”, casou prontamente com o materialismo histórico.

Como sou de uma família católica, a rebeldia e indignação foram um pouco abafadas por eu mesmo. As situações propostas pela religião se desfizeram antes do meu marxismo, mas foram enterradas e com uma pá de cal ao descobrir as contradições e conflitos que baseiam nossa sociedade.